quinta-feira, 20 de março de 2008
Enfim, nós. E a 'Claudinha'
quarta-feira, 19 de março de 2008
By Tati Bernardi
terça-feira, 18 de março de 2008
O que as mulheres fazem quando vão ao banheiros. Dos seus namorados.
terça-feira, 4 de março de 2008
Frejat
[...] Afinei os meus ouvidos
pra escutar suas chamadas
Sinais do corpo eu sei ler
nas nossas conversas demoradas
Mas há dias em que nada faz sentido
E o sinais que me ligam
ao mundo se desligam [...]
Frejat
Carta Pra Ninguém
Escrevo esta carta pra ninguém,
porque talvez tu jamais a leias.
Já me senti vazia algumas vezes,
mas antes eu acreditava que tudo
seria resolvido com o passar do tempo.
Meu olhar era mais claro
e eu poderia ficar noites acordada,
levantando cedo pra trabalhar,
que nada tiraria a viscosidade
de minha pele.
Hoje, durmo cedo e acordo cansada
de tanto barulho que a tua falta me faz.
Como pode uma promessa de vida,
apenas falada,
esvaziar tanto uma pessoa madura
e tirar-lhe os sonhos,
como se tivesse convivido anos e anos,
partilhando o mesmo espaço,
dividindo momentos bons e ruins.
Como pode os dias todos,
terem se transformado nesse imenso vazio.
Já digitei o número do teu telefone,
umas mil vezes e sem coragem de te ouvir,
desliguei antes de completar a ligação.
Acho que já passou muito tempo,
esgotou o prazo de te buscar.
Me acovardei no silêncio
e ainda não me recuperei.
Estou me sentindo assim,
vazia como um pote quebrado
e nenhuma tentativa,
me faz sentir bem.
Saiba que tu és tudo
o que sempre quis em minha vida
e que porventura, nem chegou a ser...
tua cabeça no meu colo,
minhas mãos no teu cabelo...
nunca mais será e na verdade,
nunca foram...
Meu amado, meu amigo...
por onde andares e se me leres,
saibas que me deste o melhor dos sonhos
e em contrapartida,
tua lembrança transformou meus dias,
em um eterno pesadelo.
Angela Lara
[...]
Raiva ou Rima...
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa
matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.
Paulo Leminski
Namorados
- Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
- Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma
lagarta listada?
A moça se lembrava:
- A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
- Antônia, você parece uma lagarta listada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
- Antônia, você é engraçada, você parece louca.
Manuel Bandeira
Quero saber
Quero saber se você vem comigo
a não andar e não falar,
quero saber se ao fim alcançaremos
a incomunicação; por fim
ir com alguém a ver o ar puro,
a luz listrada do mar de cada dia
ou um objeto terrestre
e não ter nada que trocar
por fim, não introduzir mercadorias
como o faziam os colonizadores
trocando baralhinhos por silêncio.
Pago eu aqui por teu silêncio.
De acordo, eu te dou o meu
com uma condição: não nos compreender
Pablo Neruda